quinta-feira, 19 de novembro de 2015


MOSTRA BLACK



  Aconteceu em junho deste ano a Mostra Black 2015, na Oca do Ibirapuera, com o tema “A Diferença Entre Ver e Olhar”.
 Esta Mostra é um evento anual que traz conteúdo conceitual e criativo dos melhores profissionais de arquitetura, decór e paisagismo de todo o país. Idealizada por Raquel Silveira, com direção de Pricila Lima de Charbonnières e Louis de Charbonnières e intervenção de Arthur Casas, a Mostra CASA BLACK desse ano teve como temática uma preocupação ecológica, com projetos ligados à sustentabilidade.
  O arquiteto catarinense Marcelo Salum, convidado para compor um dos ambientes da mostra, após seleção apurada de uma curadoria, trouxe um projeto de um espaço elegante e atemporal, pensado para um colecionador de livros que quer viver e relaxar próximo às suas paixões. Usou para isso referências diversas: uma viagem recente a Paris, o lifestyle do empresário Pedro Sirotsky (um apreciador de livros e obras de arte) e o clima proporcionado pelo lugar da Mostra Black, a Oca. O ponto de fixação dos olhos é a lareira, que parece mimetizar-se com a obra do artista plástico Juliano Aguiar. Ambos têm a mesma largura e sobem até o teto, o que cria a impressão de que são um único elemento. O art déco está presente nas formas geométricas adotadas no revestimento da parede, nos móveis e em objetos garimpados em antiquários paulistas. Os 60 m² do ambiente abrigam obras de arte, peças de design, móveis de época e livros raros.
  Tive a honra e a felicidade de poder estar com duas obras minhas no espaço de Marcelo Salum, com a indicação da marchande de artes e galerista Helena Fretta. Abaixo, fotos do belíssimo ambiente do arquiteto e algumas imagens dos meus trabalhos na mostra











domingo, 15 de novembro de 2015



   UM CERTO DIA PELO MUNDO...

Portovenere é uma vila charmosa da riviera italiana na Ligúria conhecida por seu pitoresco porto com casas coloridas e pela Igreja de São Pedro, situada na ponta do promontório rochoso de onde se tem uma vista impactante. Estreitas ruas medievais levam até a colina onde há um castelo.  A rua principal antiga começa na porta da cidade e é repleta de lojinhas com muito artesanato local. A cidade, junto com a próxima Cinque Terre, faz parte  do Patrimônio Mundial da UNESCO. O local é normalmente muito menos lotado do que os vilarejos de Cinque Terre, mas igualmente belo, com suas ruínas de castelo, igrejas e fortaleza. Chegamos até lá por mar vindo de Monterrosso onde estávamos hospedados. Um passeio inesquecível com visuais incríveis! Almoçamos ao ar livre no porto,  onde se alinham  casas pitorescas, restaurantes de frutos do mar e bares. O dia estava especialmente lindo! Os barcos de pesca, barcos de cruzeiro e embarcações privadas ancoram neste pequeno porto. Daqui saem os passeios de barco “giro delle isole” onde é possível conhecer as ilhas ao redor ou outras vilas das CINQUE TERRE. Passeando pelas ruelas medievais encontrei um atelie de cerâmica com objetos belíssimos. Como adoro cerâmica popular e decorativa (aliás adoro qualquer expressão feita com argila), não poderia deixar de fotografar e presentear o blog com estes registros.












E qual não foi a minha surpresa ao ver que o artista amarra seus pratos como já fiz quando comecei a fazer cerâmica, inspirada naquelas cartelas de bordado que minha mãe me dava quando era criança...



Para finalizar, duas imagens deste lugar tão lindo. Boas recordações deste dia!




quinta-feira, 5 de novembro de 2015




FESTA NO ATELIÊ

Tem quase um ano já. Ou será que mais de um ano? O tempo passa tão depressa que perdemos a noção dele! Mas o que importa neste instante é fazer o registro deste encontro tão querido de amigas-colegas da arte e da cerâmica. Foi uma tarde que entrou noite adentro, com bons papos, deliciosas risadas, comes e bebes e principalmente com um astral de alegria e boas energias. A seguir, fotos do evento no meu ateliê, completamente adaptado e limpinho para receber pessoas que eu adoro. Na foto faltam algumas pessoas que já tinham ido embora ou ainda não tinham chegado.









terça-feira, 6 de outubro de 2015



ESCULTURAS EM SOBREPOSIÇÕES

Neste mês começarei a postar uma série de trabalhos meus que têm como temática as sobreposições, que remetem as figuras de tótens. Esta escultura faz parte da série ENGOLIDORES, do ano de 2014, e foi criada para presentear a colega e amiga Cássia Aresta, grande artista de Santa Catarina.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015



JOAN MIRÓ EM FLORIANÓPOLIS

Nem nos meus mais remotos sonhos de criança eu ousei imaginar fatos extraordinários acontecendo nesta pequena ilha no sul da América Latina, num país de dimensões continentais, onde no mapa esta minha terra tão linda e singela é uma minúscula referência. Cidade provinciana, onde no passado quase todos se conheciam, minha infância foi permeada de liberdade, costumes simples e alegrias ingênuas e frugais. E vai que de repente ninguém menos que Paul McCartney resolve pintar por aqui! E ali... no campo da Ressacada! Meu coração disparou de êxtase ao som das músicas e do ídolo que acompanhou a minha vida como principal trilha sonora da minha transformação de menina em mulher. Ali, tão perto de um Beatle eu chorei, sentindo-me abençoada, Talvez se vivenciasse esta mesma experiência em um outro país, uma outra cidade, a emoção não seria tão avassaladora, tão intensa, tão única. Agora, para superar qualquer outro sonho chega ele: Miró! Desde adolescente, quando conheci a obra deste artista incrível, me apaixonei no ato pelos seus traços, suas cores vibrantes, sua linguagem original e versatilidade prodigiosa. Neste momento tão emblemático para Florianópolis e para o Brasil, posto a seguir fotos de um painel escultórico que criei para a minha primeira Exposição Individual, no Espaço das Oficinas, Centro Integrado de Cultura em 2001. A mostra chamou-se TANGENTES e o trabalho TRÍPTICO PARA UM OLHAR - NO TEU OLHAR ACHEI O MEU.

SOBRE O TRÍPTICO
  O painel/instalação  é composto por placas/módulos executados em cerâmica com pinturas em engobe e intervenção de espelho.  A queima é de 980º.
  As duas pequenas placas de cerâmica com pintura em engobe fazem uma releitura dos olhos nas obras do pintor espanhol Joan Miró e levam em sua parte inferior pequenas bolinhas em relevo que reproduz na escrita em Braille a seguinte frase em português:  NO TEU OLHAR - ACHEI O MEU. 
  A obra faz uma reflexão, através de seu múltiplo universo de interpretações, sobre a essência e poética do “ver”. O espaço escultórico conta com o plano da parede como elemento de intermediação entre os volumes para qual o olhar se projeta e se descobre.   
   Todos estes olhares associam-se e complementam-se numa poética comum, num trabalho único. A obra é um questionamento entre o real e o imaginário numa alusão a todos os “olhares do mundo”, onde cada expectador encontra sua leitura particular, descortinando seus próprios sentidos e sentimentos. No olhar da artista encontre o seu próprio olhar.


Tríptico Para Um Olhar


 Detalhe dos olhos em massas coloridas. Para cada olho, uma massa de cor diferente. Referência aos múltiplos olhares mas também a individualidade de cada um.


Tributo a Miró


Referências aos olhos de pinturas de Miró.


Detalhe da escrita em Braille! Na primeira está escrito NO TEU OLHAR e na segunda ACHEI O MEU.


 Olhos e fundo de espelho.


Detalhe aproximado.


Calçadas para deficientes visuais.


Aqui, há três anos atrá, visita fundamental: FUNDAÇÃO JOAN MIRÓ - Barcelona.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015



 UM CERTO DIA PELO MUNDO... 

"Wynwood é um bairro de Miami, até há algum tempo degradado, e agora totalmente revitalizado, com obras de street art dos mais famosos grafiteiros da cena internacional. A ideia foi de Tony Goldman que transformou Wynwood em uma Meca da arte contemporânea.
Ao todo, o bairro tem 5 quarteirões e um enorme estacionamento, que deram lugar a 50 galerias, 4 museus, uma série de ateliês de artistas, lojas e restaurantes alternativos.
No entanto, o que logo prende a atenção são os grafites gigantes e coloridos que ocupam os muros do bairro, nas conhecidas The Wynwood Walls. Tony Goldman fez questão de contar com o talento de grandes figuras da street art, alguns criando arte sozinhos, outros em parcerias.
Os artistas estão divididos em Walls Artists, que trabalham nas paredes, e Doors Artists, nas portas. O Brasil também está lá representado por nomes como Os Gêmeos e Nunca.
Veja algumas fotos desse bairro que virou um museu a céu aberto":







E para finalizar, um grafite realista, que adorei: